Vigaria de Matosinhos

Confissões Quaresma

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“Como fazer crescer no espírito sinodal as nossas paróquias”?
Vigararia de Matosinhos «ensaia» assembleia sinodal

Em resposta à sugestão do Conselho Vicarial de Pastoral, o Dia de Reflexão Vicarial, que habitualmente introduz o tempo quaresmal, foi vivido intensamente, em exercício sinodal, no passado dia 1 de março, nas instalações da Paróquia de Lavra. Participaram cerca de 170 colaboradores pastorais das 12 paróquias da Vigararia de Matosinhos.
No Auditório de Lavra, o Padre Amaro Gonçalo fez uma introdução sobre a sinodalidade como modo (e não como «moda») e como estilo de edificação da Igreja. Ligou a coincidência do tema proposto a um dos tópicos da Mensagem do Papa para a Quaresma: «a conversão sinodal».
Acentuou depois algumas caraterísticas e disposições pessoais e espirituais, de modo que o diálogo não se transforme em duelo e que a participação ativa de todos os fiéis, no processo de discernimento, elaboração e de aplicação das decisões, não siga a regra parlamentar da maioria, mas a procura de um consenso, gerado pelo Espírito, sempre em obediência à vontade de Deus.
Em pouco mais de trinta minutos, o Padre Amaro apresentou alguns pontos do Documento Final do Sínodo sobre a sinodalidade (45; 82-84; 91-93; 105), insistindo no processo de discernimento, nos seus passos concretos e na desejável superação da tensão entre consulta e deliberação.
Os participantes acolherem algumas disposições espirituais e regras práticas, para o efetivo exercício da sinodalidade.
Depois, na ampla «sala das colunas» formaram-se 17 grupos de 10 pessoas cada, para responder à questão fundamental: “Como fazer crescer no espírito sinodal as nossas paróquias”?
Os grupos seguiram o método da conversação espiritual, em três rondas, de cerca de meia hora cada, com intervalos, para o silêncio e para o convívio. Depois do almoço, e concluída a terceira ronda, fez-se o Plenário das sínteses por grupo, no interior da renovada Igreja de Lavra, entremeado com silêncios, para a escuta humilde e ativa das partilhas. De realçar, que todos cumpriram escrupulosamente os tempos de intervenção, seguindo a recomendação da folha individual: “Procure, em clima de oração e de escuta, deixar-se inspirar e guiar pelo Espírito de Deus e pelas suas moções e não por quaisquer emoções «à flor da pele», de mera crítica, de derrotismo, de contestação, de culpabilização, de ressentimento, de superioridade. Escreva e descreva apenas aquilo que sente ser o Espírito Santo a sugerir-lhe, na mente, no coração, na vida”.
Na verdade, no Plenário o clima foi de oração e de partilha, sem palavras amargas, sem críticas mordazes, sem picardias ou recados a quem quer que fosse. Os leigos revelaram grande maturidade, um apurado «sensus fidei», com sugestões e anseios conformes ao que o Espírito Santo diz à Igreja.
Do Plenário, sobressaíram alguns desafios pastorais, dos quais destacamos: a intensificação prática de uma cultura sinodal nas nossas paróquias, valorizando a oração, a escuta ativa e o diálogo franco nas reuniões pastorais; a importância do acolhimento e das relações interpessoais, numa Igreja onde haja lugar para todos; a necessária articulação e promoção da interparoquialidade; a assunção de ministérios laicais, que permitam respostas pastorais adequadas; o efetivo funcionamento dos Conselhos Paroquiais de Pastoral e dos Conselhos para os Assuntos Económicos; o trabalho em rede e em equipa; a difusão e a aplicação do método da conversação espiritual na vida dos vários grupos pastorais; a melhoria da comunicação da Igreja, também a nível digital; a inclusão, escuta e envolvimento dos jovens nos processos de discernimento pastoral.
O testemunho dos presentes foi o de uma experiência gratificante, que deve ser aplicada, replicada e multiplicada a nível paroquial, vicarial e diocesano. Para já, o «ensaio» de uma assembleia sinodal vicarial – dito por todos – correu mesmo muito bem!
Pe. Amaro Gonçalo, pároco da Senhora da Hora

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Vigararia de Matosinhos entusiasmada com Ano Jubilar

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Sob a presidência de Dom Joaquim Dionísio, Bispo Auxiliar do Porto, a Vigararia de Matosinhos marcou, no Domingo da Festa do Batismo do Senhor, dia 12 de janeiro, o início do Ano Jubilar. Fê-lo, com grande entusiasmo, na Igreja do Bom Jesus de Matosinhos, decretada pelo Bispo Diocesano como Igreja de Peregrinação Jubilar.
A Eucaristia foi precedida de uma hora para a celebração da Reconciliação, com uma muito significativa (e até surpreendente) participação de penitentes.
Na Eucaristia, participaram os presbíteros e diáconos da Vigararia. Das 12 paróquias, participaram também, na celebração, e de forma representativa, leitores e acólitos de toda a Vigararia. Seguindo a proposta litúrgica do Rito de Abertura do Ano Jubilar, foi entronizada a Cruz, com a aclamação “Salve, Cruz de Cristo, única esperança” a que a multidão dos fiéis respondeu “Vós sois a nossa esperança, não nos confundais para sempre”.
Na sua homilia, Dom Joaquim recordou que é próprio do discípulo ser peregrino, porque a vida cristã é um caminho. Referiu então que a esperança não se confunde com a expetativa “de que vai correr tudo bem”, pois o cristão sabe que terá sempre de encontrar dificuldades e resistências. A esperança reside na certeza de que “a nossa vida está prenhe de sentido” e que “este sentido tem a sua fonte na nossa filiação divina”.
Dom Joaquim desafiou os fiéis a “ter gestos de esperança”, no acolhimento e no perdão. “Onde há amor há perdão. Onde há perdão e amor há um futuro de esperança”, disse. Por último, partindo da frase inicial do Evangelho («todo o povo estava na expetativa»), deixou, como ponto de meditação para a assembleia dos fiéis: “Quais são as nossas expetativas, como cristãos, para este ano jubilar”?
A celebração incluiu preces apropriadas ao contexto, inspiradas em algumas propostas da Bula “Spes non confundit”. As ofertas recolhidas na celebração e apresentadas ao altar foram destinadas às atividades da pastoral penitenciária, “uma realidade muito marcante da nossa Vigararia, com três estabelecimentos prisionais em Custóias e Santa Cruz do Bispo”.
No Rito de envio, foram entregues a um representante por paróquia, respetivamente pelo Bispo Dom Joaquim Dionísio, pelo Pároco local (Pe. Emanuel Brandão) e pelo Vigário (Pe. Francisco Andrade), um colar com uma âncora (símbolo da esperança), a credencial do peregrino (elaborada pela Paróquia de Matosinhos) e uns crachás com o logótipo do ano jubilar na Diocese.
Foi, sem dúvida, um “bom início de ano jubilar” a nível vicarial, com uma entusiasta adesão do santo Povo de Deus.
AG

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